Vasos Canopos

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Fotos: Antonio Brancaglion/Museu Nacional

 

Os egípcios compreenderam, desde muito cedo, que a decomposição do corpo começava pelas vísceras e decidiram, portanto, retirá-las através de uma incisão do lado esquerdo do abdômen.

Entretanto, preocupados em manter a integridade do morto, não se desfaziam desses órgãos. Eles os secavam e enfaixavam individualmente em linho, sepultando-os na tumba, próximos à múmia, em vasos denominados “canopos” – termo criado no século XIX. Os mais antigos datam da IV Dinastia e eram sempre feitos em grupos de quatro.

Esses vasos eram feitos, mais frequentemente, em calcita-alabastro, calcário (como os da coleção, vistos nas fotos) ou faiança e colocados sob a proteção dos Quatro Filhos de Hórus, que eram associados aos diferentes pontos cardeais.

A partir do Médio Império as suas tampas passaram a representar o rosto do morto e mais tarde, durante a XIX Dinastia, passaram a ter o rosto dos Quatro Filhos de Hórus: Amset, com cabeça humana, que guardava o fígado (sul); Hapy, com cabeça de babuíno, que guardava os pulmões (norte); Qebehsenuf, com cabeça de falcão, que guardava os intestinos (oeste) e Duamutef, com cabeça de chacal, que guardava o estômago (leste).