A Egiptologia não é nova no Brasil. O Egito antigo já despertara a curiosidade e a paixão de D. Pedro I e depois de D. Pedro II, nosso “primeiro egiptólogo”. A primeira fase da Egiptologia brasileira se deu com a compra da coleção egípcia do atual Museu Nacional, em grande parte adquirida por D. Pedro I. Alguns dos objetos da coleção foram dados de presente ao seu filho, D. Pedro II que, como imperador, visitou o Egito duas vezes, uma em 1871 e depois em 1876.
Alberto Childe atuou como curador da coleção egípcia do Museu Nacional no início do século XX. Essa primeira fase terminou com a publicação do catálogo desta coleção por Kenneth Kitchen em 1988. Contudo, o catálogo contém erros e há muitas lacunas a serem preenchidas.
A segunda fase se inicia no mesmo ano, com a institucionalização da Egiptologia em programas de pós-gradução brasileiros. A partir daí começam a ser produzidas dissertações de mestrado e teses de doutorado na área, mas ainda a passos lentos. Nossos pesquisadores enfrentaram muitas dificuldades, como a falta de boas bibliotecas e financiamento para pesquisas.
Atualmente, a Egiptologia no Brasil vive um momento importante! Os estudos da coleção do Museu Nacional e o número maior de estudantes, associados ao desenvolvimento de boas bibliotecas e verbas para pesquisa, têm colaborado para o crescimento da disciplina no país e proporcionado uma maior inserção do Brasil no cenário internacional.