Todo mês um deus egípcio diferente!
Pateque
Deus gnomo que afastava o mal e protegia contra animais perigosos e peçonhentos (cobras, crocodilos e escorpiões).
A origem grega do seu nome (Pataikos) é a forma diminutiva de Ptah, ao qual está associado, o que muitas vezes o faz ser chamado de Ptah-Pateque.
Este nome aparece pela primeira vez em Heródoto (III-37) quando descreve um deus anão equivalente ao deus grego Hefesto. O rei persa Cambises teria visitado o templo de Ptah em Mênfis e visto a imagem de Pateque.
Representado como um anão nu com as pernas arqueadas, braços tortos, ventre proeminente e cabeça grande (acondroplasia), Pateque pode ter muitos elementos associados: coroa de Amun, disco solar, disco lunar e um escaravelho sobre a cabeça (foto 1).
Segura nas mãos facas ou serpentes e como Hórus pode estar sobre crocodilos (foto 2). Suas imagens muitas vezes estão junto com outras divindades como Ísis, Néftis, Sekhmet e Hórus.
Estes anões joalheiros e metalúrgicos estariam sob a tutela do deus Ptah, patrono dos artistas e artesãos. Isto explicaria a sua identificação com Hefesto feita pelos gregos. Além disso, os anões sempre foram vistos pelos antigos egípcios como figuras limiares entre os Mundos e por isso representavam divindades protetoras como o deus anão que guardava a sexta porta da “Morada de Osíris” no Capítulo 146 do “Livro dos Mortos”.
Embora exista esta ligação entre Pateque e Ptah, não são conhecidos textos ou mitos que expliquem esta relação.
Como outras divindades que combinam elementos infantis e adultos, Pateque também está conectado com a ideia de fertilidade e ao ciclo de solar.
Sua popularidade foi grande a partir da XXVI dinastia principalmente em pequenas figuras de faiança que podem ser encontradas não só por todo o Egito, mas por todo o Mediterrâneo principalmente na região Siro-Palestina em Chipre, na Sardenha e na Etrúria (Itália Central) (foto 3).
Texto e fotos: Prof. A. Brancaglion