Autor: Victor Guida

Árvore Sagrada Ished – Deus do mês! Dezembro, 2020

Todo mês um deus egípcio diferente!
Árvore Sagrada Ished

Foto 1: Balanitin ou Tâmara do deserto no Templo do Ramesseum (Foto A. Brancaglion)

Em um país desértico como o Egito as árvores se destacam. Sua sombra e frutos são símbolos de proteção e vida. Das espécies nativas do Egito antigo uma que se destaca é o balanitin ou tâmara do deserto também chamada de bálsamo egípcio (Balanites aegyptiaca) [Foto 1]. Seus frutos eram consumidos frescos e secos e depositados como oferendas em tumbas desde a XII dinastia. Seus frutos também são mencionados na preparação de remédios e perfumes.
 

Foto 2: Ramessés II sob a árvore-ished enquanto Atum e Seshat escrevem o seu nome de trono nos frutos, Ramesseum (Foto A. Brancaglion).

Seu nome egípcio ainda não foi determinado, mas na cidade de Heliópolis (Iwnw, atual subúrbio do Cairo) existia a árvore-Ished, um balanitin dedicado ao deus-sol.
Esta árvore sagrada é representada nas paredes dos templos a partir da XVIII dinastia em uma cena ritual mítica cujo objetivo é dar longevidade e prosperidade ao reinado do faraó.
O faraó é representado de joelhos sob a árvore-ished enquanto os deuses Atum (ou Amun), Thot e Seshat escrevem o nome do faraó nos frutos da árvore. [Foto 2]
A árvore-ished é com frequência representada na vinheta do capítulo 17 do “Livro dos Mortos”, é sob esta árvore que acontece o combate entre o deus-sol Rê, a luz da vida e a serpente Apopis (ou Apophis, em grego), as trevas e o Caos.
 
O deus-sol é representado por um gato que com uma faca corta a cabeça da serpente. Miticamente esta luta aconteceria sob a árvore-ished que ficava localizada no santuário do deus-sol.

Foto 3: O gato do deus-sol decapitando a serpente Apopis sob a árvore-ished, Tumba de Inherkhau TT359 (foto A. Brancaglion)

No “Livro dos Mortos” o morto se identifica com o gato solar “Eu sou aquele gato que partiu (serpente) na árvore-ished em Heliópolis na noite quando os inimigos do Mestre do Universo são exterminados” [Foto 3].
Em Heliópolis havia um recinto onde ficava a árvore-ished plantada sobre uma colina chamada “monte da decapitação”. Durante o festival anual em honra ao deus-sol os devotos iam até esta colina e colhiam ramos da árvore que eram levados para decorar o interior das casas como símbolo de renascimento e vitória da vida e da luz sobre as trevas.
 
Texto e fotos: Prof. A. Brancaglion

Pateque – Deus do mês! Novembro, 2020

Todo mês um deus egípcio diferente!

Pateque

Foto 1: Pateque, Fundação Eva Klabin (Foto A. Brancaglion)

Deus gnomo que afastava o mal e protegia contra animais perigosos e peçonhentos (cobras, crocodilos e escorpiões).

A origem grega do seu nome (Pataikos) é a forma diminutiva de Ptah, ao qual está associado, o que muitas vezes o faz ser chamado de Ptah-Pateque.
Este nome aparece pela primeira vez em Heródoto (III-37) quando descreve um deus anão equivalente ao deus grego Hefesto. O rei persa Cambises teria visitado o templo de Ptah em Mênfis e visto a imagem de Pateque.
Representado como um anão nu com as pernas arqueadas, braços tortos, ventre proeminente e cabeça grande (acondroplasia), Pateque pode ter muitos elementos associados: coroa de Amun, disco solar, disco lunar e um escaravelho sobre a cabeça (foto 1).
 
Segura nas mãos facas ou serpentes e como Hórus pode estar sobre crocodilos (foto 2). Suas imagens muitas vezes estão junto com outras divindades como Ísis, Néftis, Sekhmet e Hórus.
 

Foto 2: Pateque, Museu do Louvre (Foto RMF)

Sua origem é incerta, mas pode estar relacionada aos anões-artesãos representados nas paredes das tumbas do Antigo Império (Mastaba de Mereruka, Saqqara).
Estes anões joalheiros e metalúrgicos estariam sob a tutela do deus Ptah, patrono dos artistas e artesãos. Isto explicaria a sua identificação com Hefesto feita pelos gregos. Além disso, os anões sempre foram vistos pelos antigos egípcios como figuras limiares entre os Mundos e por isso representavam divindades protetoras como o deus anão que guardava a sexta porta da “Morada de Osíris” no Capítulo 146 do “Livro dos Mortos”.
 
Embora exista esta ligação entre Pateque e Ptah, não são conhecidos textos ou mitos que expliquem esta relação.

Foto 3: Vitrine com imagens de Pateque, Museu do Cairo (Foto A. Brancaglion)

Como outras divindades que combinam elementos infantis e adultos, Pateque também está conectado com a ideia de fertilidade e ao ciclo de solar.
Sua popularidade foi grande a partir da XXVI dinastia principalmente em pequenas figuras de faiança que podem ser encontradas não só por todo o Egito, mas por todo o Mediterrâneo principalmente na região Siro-Palestina em Chipre, na Sardenha e na Etrúria (Itália Central) (foto 3).
 
 
Texto e fotos: Prof. A. Brancaglion

 

Mehen – Deus do mês! Outubro, 2020

Todo mês um deus egípcio diferente.

Mehen

A serpente divina protetora no Mundo dos Mortos.

Foto 1: Barca Solar Noturna, “Livro dos Portões” Tumba de Ramessés I KV11 (foto A. Brancaglion).

Seu nome significa “A Enrolada” e é desta forma que ela é sempre representada no “Livro do Amduat”, no “Livro dos Portões” e nos papiros funerários-mitológicos. Frequentemente seu corpo ondulado contorna a cabine da Barca da Noite protegendo o deus-sol Rê de seus inimigos (foto 1).

Algumas vezes o seu corpo forma a própria cabine onde o deus-sol está (foto 2). Seu corpo formava uma barreira protetora e com sua agressividade e veneno eliminava os inimigos que se opunham ao avanço da Barca Solar pelo Mundo Inferior. 

Foto 2: Cena do Amduat, Papiro Anônimo, Museu do Cairo (foto A. Brancaglion).


Na 7ª hora do Mundo Inferior, Mehen protege Osíris formando uma barreira ao redor do deus como faz com o deus-sol (foto 3).

Foto 3: Detalhe 7ª hora do Amduat, Sarcófago de Ramessés III KV11, Louvre (foto A. Brancaglion).

As primeiras referências a serpente Mehen surgem nos “Textos dos Caixões”, mas são nas tumbas reais do “Vale dos Reis” que encontramos e nos papiros funerários que temos a sua imagem reproduzida com frequência.

A partir da Baixa Época tornam-se frequentes representações em caixões e sarcófagos da serpente Mehen com seu corpo ondulado envolvendo completamente um escaravelho simbolizando o renascimento do sol e da luz após a escuridão da morte.

Foto 4: Tabuleiro do Jogo da Serpente, Abidos I dinastia, Museu do Cairo (foto A. Brancaglion).

             A serpente divina Mehen esta conectada a um jogo de tabuleiro conhecido desde o Período Dinástico Inicial (foto 4).

Não sabemos quem veio primeiro se o jogo ou o deus. No “Texto dos Caixões” é dito existir um “circuito de Rê” de formato espiralado onde no centro esta o deus-sol entronizado.

Este circuito é formado pelo corpo da serpente Mehen chamado de “Estradas de Mehen”, é um caminho de fogo com portais guardados por deuses.

Possivelmente é esta ideia que está representada neste jogo, cada jogador teria como objetivo chegar na última casa no centro do tabuleiro que é representado pela cabeça da serpente. As peças encontradas com os tabuleiros são geralmente em formato de leões e leoas feitos em marfim.

As regras deste jogo são desconhecidas e foram recriadas em tempos modernos tendo como referência outros jogos egípcios de tabuleiro.

Foto 5: Serpente Mehen envolvendo Escaravelho, Caixão, Museu do Cairo (foto A. Brancaglion).


Texto e fotos: Prof. A. Brancaglion

Link para download do Jogo da Serpente Mehen (Regras/Tabuleiro/Peças).

https://www.nms.ac.uk/explore-our-collections/games/mehen/

 

Mehet-Weret ou Mehet-Ueret – Deus do mês! Setembro, 2020

Todo mês um deus egípcio diferente

Mehet-Weret ou Mehet-Ueret

Foto 1: Mehet-Weret surgindo da escuridão, tumba de Tutankhamun – KV62, Museu de Luxor (foto A. Brancaglion)

Deusa Primordial que aparece pela primeira vez mencionada no “Texto das Pirâmides”. Representada por uma vaca ou mulher com cabeça de vaca com o disco solar entre os chifres ela simboliza a Cheia Primordial, a Primeira Inundação sendo a contraparte feminina do Nun, o Oceano Primordial de onde surgiu a Vida.

Seu nome significa “A Grande Inundação” possuindo os epítetos de “O Mais Antigo dos Seres”; a “Ilha” ou o “Monte” uma alusão a ideia da terra que emergiu do Oceano Primordial sobre o qual surgiu a Vida e a Ordem.

Uma das representações mais interessantes desta deusa foi encontrada na tumba de Tutankhamun: uma cabeça de vaca com a pele feita de ouro que emerge da escuridão primordial, sem o disco solar ela representa a chegada da luz ao mundo antes de dar vida ao deus-sol (foto 1).

Foto 2: Mehet-Weret em seu aspecto funerário, sarcófago de Khonsu – TT1, Museu do Cairo (foto A. Brancaglion)

Segundo seu mito escrito no Templo de Esna, ela é a mãe do deus-sol Rê e participou da Criação pronunciando as 7 palavras de poder junto com a deusa Neith.

Identificada com Háthor e Nut, ela aparece no Capítulo 17 do “Livro dos Mortos” como uma vaca deitada envolta em uma mortalha trazendo o açoite-nekhakha (foto 2). Neste seu aspecto funerário ela propicia aos mortos uma nova existência, ela é a luz que saiu da escuridão e a inundação que fertiliza os campos.

Foto 3: Ísis-Mehet-Weret, leito funerário de Tutankhamun – KV62, Museu do Cairo (foto A. Brancaglion)

No leito funerário de Tutankhamun, formado por duas vacas, uma delas (foto 3) possui uma inscrição cursiva a identificando com Ísis-Mehte-Weret este leito tinha a função mágica de fazer com que Tutankhamun ascendesse aos céus como se fosse o deus-sol.

Texto e Fotos: prof. A. Brancaglion

Hity – Deus do mês! Agosto, 2020.

Todo mês um deus egípcio diferente.

 

Hity representado de perfil tocando tamborim. Templo de Háthor Philae. Créditos da foto: A. Brancaglion

Hity

Deus da dança e da música cujo nome deriva do verbo hai “dançar”.

Cultuado principalmente após o Período Tardio, é particularmente frequente nos templos Ptolomaicos e Romanos do Alto Egito.

Sua imagem é idêntica a do deus Bés e Âha, um gnomo de pernas arqueadas, feições monstruosas, orelhas e juba de leão. Muitas vezes, somente a inscrição que acompanha suas imagens é capaz de identificá-lo com certeza.

Hity tocando harpa e dançando. Templo de Háthor Philae. Créditos da foto: A. Brancaglion

Filho da deusa Thouéris ele é representado  dançando tocando harpa ou tamborim.

No templo de Ísis em Philae (fotos) ele é representado festejando o retorno ao Egito da deusa distante Háthor-Sekhmet.

Assim como Bés e Âha, Hity também é uma divindade protetora que afasta os seres maléficos com sua figura grotesca e atrai a felicidade e apazigua os males com sua dança e música.

 

Texto: Prof. Antonio Brancaglion.

O Rock da Múmia

Como uma comemoração ao dia do Rock, vamos falar de uma das primeiras referências feitas ao Egito antigo por este gênero tão abrangente e tão fantástico.

Surgido por volta de 1950, o rock combinava vários gêneros musicais e diferentes estilos. A partir de 1955 as músicas com letras humorísticas se tornaram muito populares, interpretadas principalmente por cantores brancos. Bob McFadden (1923-2000) foi um dos que se dedicou ao rock com letras humorísticas. Sua especialidade foram as músicas com temas ligados aos monstros clássicos do cinema dos anos 30, criando músicas para programas de TV e comerciais como Dracula cha-cha-cha.

Em 1959 ele lançou o álbum cujo título era Songs our Mummy Taught us “Canções que nossa Múmia nos ensinou” fazendo um trocadilho entre a palavra “múmia” e “mamãe”.
Neste álbum está um dos seus maiores sucessos, a música The Mummy.
Existe uma versão desta música feita em 1997 pela banda inglesa The Fall, com adaptações na letra.

O link para a música:
https://www.youtube.com/watch?v=zPGttxmjiAo

Na música a múmia conversa com um beatnik1:
A Múmia: Eu sou uma múmia. Eu assusto as pessoas. Veja o que acontece quando ando até alguém (um grito de pavor)
Eu sou uma múmia
Eu nasci mil novecentos e cinquenta e nove anos atrás. Meu papai também era uma múmia.
Eu não tento assustar as pessoas. Eu realmente voltei à vida para comprar uma cópia de “Kookie, Kookie, empreste-me seu pente”2, mas as pessoas fogem de mim.
Veja o que acontece quando eu ando até alguém.
Eu estou uma múmia.
Eu gostaria que houvesse alguém em algum lugar que não tivesse medo de mim. Oh,
Beatnik: Isso é legal.
A Múmia: Eu sou uma múmia.
Beatnik: Você quer dizer que é mãe.
A Múmia: Não, eu sou uma múmia.
Beatnik: Eu sou um beatnik.
A Múmia: As pessoas têm medo de mim.
Beatnik: Sim, eu aposto.
A Múmia: Eu nasci mil novecentos e cinquenta e nove anos atrás.
Beatnik: Ah, sim, é um longo show.
A Múmia: Onde posso comprar uma cópia de “Kookie, Kookie, me empreste seu pente”?
Beatnik: Oooh, cara, eu não cavo esse lixo. Você não conhece Brubeck,
Sherwin, quarteto de jazz moderno?3
A Múmia: Eu sou uma múmia.
Beatnik: Cara, você tem um sulco distorcido.
A Múmia: Você não tem medo de mim? Você não vai gritar?
Beatnik: Ah, sim, “Socorro”.

Notas:
1. Beatnik ou Geração Beat foi um movimento cultural dos anos 50 nos Estados Unidos e Europa, formado principalmente por jovens universitários inconformados, pessimista e anti-materialistas dos anos 50.
2. Uma referência a música interpretada por Edward Byrnes e Connie Stevens
3. O Beatnik quer mostrar o seu gosto musical refinado por jazz

*Texto: Prof. A. Brancaglion

#diamundialdorock #Egito

Coleção Egípcia

O ano era 1826. Nicolau Fiengo, um mercador Italiano, havia chegado ao Brasil de Marselha carregando antiguidades egípcias escavadas por Giovanni Belzoni, um explorador Italiano. Os objetos egípcios foram comprados por Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil, e doados para o então chamado Museu Real – estes objetos formam ainda hoje a maior parte da coleção. Em 1876, Dom Pedro II viajou para o Egito onde recebeu o bonito caixão da Dama Sha-Amun-em-su como presente. A grande coleção, que continuou crescendo em décadas seguintes com outras doações da família real e de outros, é hoje exibida no Museu Nacional no Rio de Janeiro.

A coleção egípcia do Museu Nacional, a maior da América Latina, com 700 peças, é de grande relevância egiptológica para a arqueologia de Tebas e também inclui muitos objetos de Abidos. Alguns destaques da coleção incluem um número grande de estelas com nomes e títulos raros, algumas estátuas de grande importância histórica, alguns caixões muito bonitos e bem trabalhados, e centenas de shabtis. Nesse site você poderá encontrar muitos desses objetos e suas fotografias e descrições. Outros objetos da coleção incluem várias múmias (humanas e animais), papiros, bronzes, líticos e cerâmicas pré-históricos, amuletos, e alguns objetos núbios.

O trabalho de muitas pessoas foi fundamental para a criação desta base de dados digital da coleção. As descrições dos objetos foram baseadas nos textos do catálogo de Kenneth Kitchen (Catálogo da Coleção do Egito Antigo existente no Museu Nacional, Rio de Janeiro, 1990) e nas descrições dos objetos na exposição do Museu Nacional por Luiza Osorio G. da Silva. Fotos dos objetos foram tiradas por Antonio Brancaglion/Museu Nacional e Luiza Osorio G. da Silva (com a ajuda de José Maurício Werneck, Leonel Menezes e Beatriz Estill). Todas as informações encontradas nas páginas sobre os shabtis foram adaptadas da dissertação de Cintia Gama (Os servidores funerários da coleção egípcia do Museu Nacional, 2008).

Detalhes sobre a coleção

Bibliografia selecionada da coleção

Como citar esta fonte

 

 

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VII Encontro Nacional de História Antiga, Natal, RN – 13 a 15 de agosto de 2014

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O Encontro de História Antiga do Grupo de Trabalho em História Antiga da ANPUH encontra-se em sua VIII edição e é a primeira vez que será realizado em uma universidade da região nordeste do Brasil. O objetivo do Encontro é promover o debate científico na área de História Antiga congregando pesquisadores de todo o país, e também do exterior, incluindo professores universitários, alunos de graduação e pós-graduação e graduados. Além de fortalecer a pesquisa científica sobre a Antiguidade, o evento tem como prerrogativa estender a discussão acadêmica aos profissionais do Ensino em seus vários níveis e aos interessados em geral.

Arte e religião funerária do Egito antigo no III Ciclo de Debates do LEHC/UESB

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Hoje aconteceu na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, como parte integrante das atividades do III Ciclo de Debates do Labotarório de Estudos em História Cultural – LEHC a palestra “A Iconografia da Morte no Egito Antigo: Um olhar sobre a religião funerária do Reino Novo”.  O objetivo principal da atividade foi debater as concepções egípcias antigas do post-mortem, utilizando-se como meio privilegiado da análise da vasta iconografia contida no “Livro dos Mortos” e nas representações tumulares da antiga elite que sobreviveram até os nossos dias.  Para isso trabalhamos os conceitos básicos para a compreensão da arte egípcia antiga, arbodamos as caractéristicas principiais da religião funerária no Reino Novo egípcio, além de esquadrinhar a iconografia das principais pranchas do “Papiro de Ani”, um dos mais completos exemplares do Livro dos mortos já encontrados e que hoje se encontra em exposição no British Museum  em Londres.